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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

[COLUNA] Troll (ando): a origem de Harry Potter

Troll (ando): a origem de Harry Potter


Você quando ficou sabendo do remake do filme Troll.

Não, eu não irei jogar pó de mico na nossa saga favorita, a não ser que eu estivesse muito desgostosa da vida e desejasse uma morte lenta e dolorosa... Não, este não é o caso. Revirando as últimas notícias relacionadas ao fantástico trabalho literário de J.K. Rowling reli aquela notícia sobre o filme “Troll: The Rise of Harry Potter” (Troll: a origem de Harry Potter) que foi publicada aqui no OG há alguns dias. Muitos de nós nunca nem ouviu falar nele, imagine haver assistido, eu também nunca tinha ouvido falar, fui atrás para conhecer o trabalho. Pois bem, trata-se de um filme da década de 80, altamente trash, não, ele não é só megamente trash, ele é o rei, o magnânimo, o superior o filme detentor do título de “melhor pior filme do mundo”! Nem “Os tomates assassinos” conseguiram desbancar “Troll” de seu reinado toscamente trash. 

Antes de assistir Troll você saberá apenas que existem filmes ruins, mas depois de assistir o filme trash em questão, vai conhecer o lado negro da tosquidão, da capenguice máxima, da total e abismante falta de noção na tentativa de inspirar medo, então verá que, o troço chega a ser tão ruim na intenção de amedrontar que faz você ter medo sim, muito medo, mas de rachar de tanto rir! Eu quase morri! O original é ultra tosco, o remake de Troll não vai muito longe, creio eu. Quem quiser se arriscar vá em frente, fica por sua conta e risco. Mas vou avisando: filmes como esse só são proveitosos se assistido com uma galera para ajudar você a tirar sarro e espocar de rir. É bom lembrar que este filme não é recomendado para quem tem problemas cardíacos e não pode realizar muito esforço, pois é impossível não perder o ar em meio a tanta risada que você dará!

Eu depois que vi algumas cenas do filme Troll

Os diálogos são bizarros (no sentido hilário da coisa), o enredo é composto por uma sequência de absurdos totalmente sem nexo (trash é trash isso ninguém nega). Podem ter informado você de que Troll é um filme de terror, sim, ele foi inscrito nessa categoria, o idealizador dele ainda hoje acredita piamente que este é uma obra-prima dos filmes genuinamente de terror, mas a única grande façanha do filme Troll é o fato dos atores não rirem o tempo todo durante as cenas bizarramente hilárias. 

Bom, os termos coerência e continuidade não possuem nenhum sentido nesse filme, mas a tosquidão nos faz entrar no clima trash da coisa, até o professor Snape riria do negócio (e depois lançaria um avada kedavra no infeliz que mostrou essa indecência pra ele!). Um dos pontos mais troll da produção são os estranhos bonecos manuais, dizendo assim até pode parecer fofo, mas os bichinhos eram feinhos e mal feitos e de fofos não tinham nada. É o tipo de filme para mentes bem pouco exigentes (ou sem exigência alguma) que apreciam a tentativa de produtores de gosto questionável, de fazer você acreditar que bonecos de meia são de fato seres diabólicos. Um alerta para os fãs ortodoxos de filme de terror: passem longe de Troll, ele vai revoltar você. Eu não assisti o Troll 2, vou ser sincera, tive medo de ter danos cerebrais irreversíveis pois sou um tato apegada à coerência, coisa que o produtor não é nem um pouco. Não sei de ninguém que tenha assistido Troll 2 e haja sobrevivido para relatar sua façanha, portanto, prefiro morrer na ignorância. Uma avalanche de esterco a gente releva, de uma segunda a gente deve correr, se tiver amor aos neurônios.

Bom, agora vamos para o ponto conflitante da coisa: plágio. Mais uma vez, criaturas das profundezas abissais aparecem para pegar uma caroninha básica nas palhas da vassoura do nosso menino bruxo. Vamos lá, Troll em seu primeiro filme conta a história de trolls malignos (versão de bolso, já que são pequenos e parecem gnomos) que não tem nada pra fazer aí resolvem invadir um prédio caindo aos pedaços. Certo, mas não para por aí, eles resolveram abrir portais para o quinto dos infernos... digo, outras dimensões e de quebra, invadem o corpo das pessoas para tornar a coisa mais malignamente divertida (levando-se em consideração que um Troll é burro pra caramba, dever-se-ia imaginar que isso seria bem além do QI deles...). No segundo filme vem a história de uma família que chega numa cidade sem tomar conhecimento de que a localidade está apinhada de trolls malignos que tem uma peculiar loucura por carne humana. Então um garoto, com ajuda do avô trava uma batalha sanguinolenta contra os pestinhas. Onde está o plágio? Um nome, meus queridos, um nome: Harry Potter, esse é o caroço de ameixa na goela... no mais, o enredo não lembra nem de longe a complexidade literária criada por J.K. Rowling na saga do menino bruxo. Nem em anos luz de distância Troll é parecido com o nosso Harry Potter no quesito trama e fotografia ambiente, e isso falando por alto, pois aprofundando, vamos encontrar diversas e grandes diferenças.

Harry depois de saber sobre seu xará

Alegam os primeiros usuários do nome Harry Potter (o de 1986) que a escritora do Harry Potter da década de 90 roubou o nome e alguns elementos de enredo do roteiro de onze anos antes, pois o Harry de Troll também estava se esforçando para aprender a ser um bruxo para poder dizimar os trolls (mal caracterizados pra caramba) carnívoros devoradores e possuidores de corpos humanos e tinha uma velha bruxa como professora de bruxaria. Boa tentativa... vamos lá: O Harry de 90 não tinha uma velha bruxa como professora, ele tinha vários mestres que ensinavam de um tudo numa escolha especializada em formação de bruxos. O Harry de 80 teve aulas de bruxaria muito avulsas, lutou contra “trolls”. No Harry de 90, tinha trolls também, burros, porém grandes e de botar receio em quem tivesse um pingo de juízo, e o nosso Harry botou a baixo o grandão sem muita lenga-lenga. 

O Harry de 90 lutou contra um bruxo mega maligno, e seu mundo continha não apenas trolls e uma bruxa, mas incontáveis criaturas mágicas, um contexto mega bem entrelaçado de mitologias e um ritmo cotidiano bruxo tão convincente que nos faz pensar ser possível sua existência. Estes são alguns dos muitos elementos que põe Harry Potter de 90 a anos luz na frente do Harry de 80 em termos de construção fotográfica e de conteúdo. Nome por nome, já encontrei uma porrada de nomes idênticos e similares uns dos outros nos incontáveis livros que já li desde a minha infância. Comparar o mundo criado por J.K. Rowling com o ambiente tosco e texto raso de Troll nada mais é do que uma baita trollagem com o nosso Harry Potter! Cruciatus neles bruxarada!

Aline Freitas

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por Gustavo D.

3 comentários:

  1. Parabens Aline Freitas, vc escreve muito bem

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  2. Quem disse que a idéia do filme é assustar? Os filmes trash são feitos deliberadamente pra divertir, e nesse quesito, o filme Troll é bem sucedido pra caramba!
    Quando se escreve sobre o que não se sabe, sempre sai asneira....

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  3. Não interessa se a J.K. Rowling viu o filme antes de escrever os livros. Ela continua a ter crédito pela história maravilhosa que escreveu,completamente única mesmo que tenha a similaridade de um simples nome de uma personagem de um filme de uns anos atras.
    O verdadeiro problema está no facto que o filme Troll existe e por muito bom ao mau que possa ser de acordo com os critérios de cada um, a verdade é que foi o primeiro a ter uma personagem de um bruxo chamado Harry Potter e como tal, eles tem, no meu parecer, todo o direito em fazer um remake do filme e em utilizar o nome da personagem principal no título.
    O facto de a J.K. Rowling e a Warner Bros estarem a processar este filme só revela que eles sentem medo que a imagem dos livros e dos filmes possa ficar marcada com a possibilidade de plágio mas por parte deles, em relação ao filme de 80. E mesmo que não seja verdade é injusto eles cortarem as possibilidades de relançamento de um filme só porque este tem o infortúnio de ter uma personagem com o mesmo nome que a deles,até porque, se a ver formos, foram eles que inventaram o nome da personagem primeiro...

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