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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

[COLUNA] A magia do natal

A magia do natal


Há um momento no ano em que um pouco da magia do mundo mágico escapa para o mundo trouxa, muitos agem sob efeito dela sem se dar conta, os sinais são claros, é aquela leveza no espírito, aquele sorriso mais fácil do que o de costume, aquele olhar mais curioso, mais atencioso do que o normal, é como estar sob efeito constante daqueles agradáveis feitiços revigorantes que apanham o coração, deixam ele mole feito manteiga, derruba-o dentro de uma tigela de açúcar rolando-o de lá para cá numa dancinha alegre e pachorrenta, e aí, você com o coração mole e açucarado abre aquele sorrisão típico dos enfeitiçados por esta época sublime.

Nesse momento, as doze árvores de natal já estão decorando o Grande Salão de Hogwarts, as fadas estão saltitando entre os galhos dos pinheiros decorados, o gelo eterno já está decorando o corrimão da escadaria principal, a neve, morninha e confortável, despenca do teto encantado e emana das armaduras canções natalinas para embalar a magia do fim do ano. Essa magia, além dos efeitos já mencionados, possui outro muito forte e que certamente já está lhe alcançando a esta altura, amigo leitor. Nesta época uma enorme penseira materializa-se diante de nós mostrando-nos um filme rico de tudo que vivemos ao longo do ano. O ano de 2011 foi especial para nós, ele foi intenso em vários sentidos, este foi o ano que experimentamos sentimentos contraditórios e fortes, tão fortes e paradoxais que quase nos arrastam à loucura. Este ano, aquele tchauzinho que Harry deu para Hagrid enquanto o trem se afastava no final do primeiro filme, ganhou dimensões arrasadoras em nossa alma, 2011 era o ano em que o último filme iria nos deslumbrar nos cinemas, assistiríamos cada segundo sabendo que seriam os últimos a serem produzidos pela W.B. sobre a nossa série favorita. Estivemos unidos na torturante e prazerosa espera do RdM², derramamos lágrimas comovidas ante cada novo trailer publicado, perdíamos o ar a cada cena revelada, sentimos juntos a adrenalina ir a mil a cada nova informação, roemos as unhas (ou o que sobrou delas depois de RdM¹) a cada dia que riscávamos no calendário sagrado que contava os dias para a estréia do épico final que ficaria cravado, minuto a minuto em nossa memória. Unidos, demos pulos de alegria quando os primeiros ingressos foram liberados para venda. Nenhum potteriano escapou da crise pré-final, do sentimento terrível e assustador que nos assaltou nos últimos dias para o grande momento tão aguardado por todos, sentimos medo, muito medo do fim. Era insano, mas de repente não queríamos mais que o dia chegasse ao mesmo tempo em que contávamos os minutos para que estivéssemos diante da grande tela, tememos não aguentar o tranco que o escuro que desceria após a última letrinha subir nos daria, sem dó nem piedade.

Unidos chegamos reverentemente horas antes das salas de cinema serem liberadas, pacientemente ficamos na fila, vestidos à moda bruxa ou trouxa mesmo, não importava, os minutos que nos aproximava daquilo que queríamos e não queríamos ao mesmo tempo, fazia surgir um nó na nossa garganta, um nó que no início parecia do tamanho de um pomo, foi aumentando até dar a sensação de ser um balaço que nos sufocava e que se desmanchou em choro ao longo de cenas memoráveis do Relíquias da Morte 2.

Nesse ano que vai se despedindo, vivemos intensamente a mágica aventura do encerramento da franquia W.B. e Harry Potter. Ao longo da espera, reafirmamos nossa fidelidade aos amigos literários, juramos solenemente que não os esqueceríamos. Nunca o feitiço do patrono foi tão usado por nós para afastar um dementador e como foi para afastar o peso da depressão pós-batalha final. Muitas pessoas apostaram no nosso sumiço, como num passe de finite incantatem, após o último filme, frágil engano... Uma vez potteriano, sempre potteriano! Não haverá mais estréia de filmes Harry Potter, mas a forte magia que as aventuras do menino bruxo impregnou em nossas mentes não se extinguirá facilmente, em nossos corações há magia suficiente para manter Hogwarts e demais habitantes vivinhos por longos anos.

Sim, esse ano foi muito mágico, foi genial, aprendemos a fazer um feitiço que transformou o pavoroso ponto final da nossa história amada em ponto contínuo, a história continua em nós, continuaremos a embarcar no expresso de Hogwarts e embarcaremos outros depois de nós, e estes outros farão o mesmo e assim infinitamente.

Depois dessa rápida retrospectiva, lembrei de uma cena de Harry Potter e a Pedra Filosofal que vem bem a calhar neste momento: Ron chama Harry que ainda está deitado num dia de natal, Harry atende e o amigo o saúda: “Feliz natal, Harry!” e Harry responde satisfeito: “Feliz natal, Ron”. Essa é uma cena muito significativa, ela mostra o primeiro natal verdadeiramente feliz de Harry e seu primeiro natal mágico. Bom, como é o meu primeiro natal em meio a uma família mágica (Ossos Graúdos), irei entrar no clima dos dois bruxos, então: Feliz natal Gustavo! Feliz natal Ana Rita, feliz natal Jade, feliz natal Laís, feliz natal Alice, feliz natal Tauã e um grandíssimo e especial feliz natal a todos os visitantes, amigos, fieis seguidores e leitores assíduos do OG! Foi maravilhoso compartilhar a magia deste ano com vocês, são todos parte essencial da mágica aventura de compartilhar o amor e emoção pela saga que, de alguma forma, mudou nossas vidas. Feliz natal para todos!

Coluna de Aline Freitas

por Gustavo D.

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